(Solidão sim. Creio que favorece uma visão pessoal mais crítica. Ao menos, tendo a ser o mais honesta possível comigo nas horas solitárias.)
Mas aí tudo mudou. Tudo muda o tempo todo, como fala a canção, em determinadas fases da vida.
Meu check-list está meio perdido. Fiz uma das coisas que me propus no ano - e fiz logo. Talvez isso tenha me atrapalhado porque consegui atingir o objetivo e, em seguida, abandonei a coisa.
O segundo objetivo (não há uma ordem na minha lista de coisas a fazer; é só para organizar o pensamento aqui) segue em pé. Correr a São Silvestre. Não esqueci. A semana passada não fiz nada e até me abati um pouco por isso. Não é tão simples quando a gente está só. Antes eu podia compartilhar cada passo dado (ou não dado, que foi o caso). Hoje eu me limito a botar na mídia social. Não sei se vocês perceberam isso, mas o verdadeiro sentido de compartilhar não é postar algo nas redes e saber que isso será lido - ou até curtido - por alguém. Compartilhar é mesmo dividir com alguém. É tentar passar ao outro o que você realmente sente. Palavras escritas nem sempre transmitem isso.
Tudo bem. Eu escrevo. Alguém lê. Alguém curte. Eu sigo sentindo no meu canto. Conto pra alguém. Recebo o feedback. "Que legal" é uma das frases que ouço. Não sinto que me entendam de verdade. Devem achar que é só uma mania passageira. Não percebem como um objetivo real. Ok. Eu aceito. Eu mudei. Todos mudam.
Um terceiro objetivo está duro de alcançar. Eu peno, eu insisto, eu forço. E saio fracassada todas as vezes. Tem momentos que até penso que estou conseguindo. Mas vejo que me derrubo. Luto contra mim, no final. Não é fácil mudar o que está tão enraizado em você. Acabo por acreditar que não há saída. Existem coisas que devem acontecer para você se obrigar a se transformar, por mais difícil que seja. Eu me pergunto muito. Questiono. Olho pro céu e tento compreender.
Só que esse post fazendo o check-list acabou se perdendo. Eu queria fazer uma reflexão e propor que as pessoas fizessem suas revisões dos planos para 2012. Mas tudo muda.
Cada vez mais está claro que não é psicologia de que preciso. É filosofia. Isso eu ouvi muitos anos atrás e nunca tinha entendido bem. Hoje compreendo. Sim, preciso de filosofia. Eu mudei, o mundo é outro, minha visão sobre ele também transmutou.
Não me acho mais como me achava. E creio que, em algum momento da história, isso pode acontecer com qualquer um. Não é preciso temer. Uma hora aqui, outra ali, a gente vê coisas que ajudam a continuar buscando um jeito de entender o que ficou para trás e o que vem pela frente. Não necessariamente coisas diretas. Tem muita indireta que a vida deixa.
Este post, por exemplo, mudou muito. Não deixo indireta alguma pra ninguém. Só quero dizer que encontrei um vídeo no YouTube e tinha Gilberto Gil, que adoro. E tinha Guimarães Rosa, meu autor brasileiro favorito. Achei bonito. Mexeu comigo. Por isso, o post anterior deixou de ser e virou isto aqui que nem sei o que é.
Se for o caso, esqueçam tudo que escrevi. Apenas vejam o vídeo. Vale mais a pena.
"Todo mundo é louco".
"Tudo isso me aquieta. Tudo isso me suspende".
A filosofia te liberta da planilha do excel, da temida lista de deveres. A lista é importante. É a partir dela que cumprimos muitos dos nossos objetivos traçados de tempos em tempos. E a psicologia - independentemente da corrente - recomenda que a façamos. Mas a filosofia, a arte, a música, a cerveja... essas, sim, nos fazem quebrar o programado, seguir por outro caminho, escrever um texto sobre nada e dar aquela risada gostosa, inesperada. :-)
ResponderExcluirA música e a cerveja. Gosto dessa combinação. Tenho de experimentar esse mix de novo, mais vezes...
ResponderExcluirValeu, Saad.