quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Sob o sol de São Paulo

Mais uma São Silvestre na história. Não tô pra Emil Zatopek, mas me sinto feliz de já ter experiência na principal corrida de rua do Brasil. Não avaliei meu tempo. Acho que fui melhor do que o ano passado. Acho. Depois vejo isso.

Dia de sol, muito sol

A questão é que não é isso que me importa mais. Não corri minha terceira São Silvestre para fazer tempo. Fiz por diversão. Porque seria legal disputar a 90ª edição dessa prova tão tradicional. Hoje, dia 31 de dezembro, pela primeira vez desejei ter algumas pessoas comigo. Porque não se tratava de vencer um desafio pessoal, como nas vezes anteriores. Era simplesmente o prazer de cumprir o trajeto e fechar o ano com a prova. E seria bacana se tivesse algumas pessoas comigo. A gente nem precisaria correr muito (mas de vez em quando sim, né). Eu teria a paciência de esperar, caso fosse com alguém menos experiente. Teria prazer em esperar (como se eu fosse uma super campeã de corridas... tsc, tsc, tsc).

Prova de personagens, figuras, gente animada


Bom, a corrida deste ano não foi das melhores. Já imaginava até. Foram 30 mil inscritos, fora a pipoca. No primeiro posto de água, teve uma muvuca tremenda. Nunca parei na prova por causa de excesso de gente. Hoje, parei. Era o fim da Pacaembu e se criou uma verdadeira muralha humana. Quebrou-se o ritmo. Eu quebrei o meu, pelo menos. Lamentei porque era apenas o começo e eu podia render mais.

Mais um personagem: o surfista prateado

Ainda em casa. Quase pronta

Foi muito difícil sair da confusão. Houve gente que desistiu e resolveu seguir direto para a ponte que fica ao lado do Memorial. Devia ser pipoca desencanado, que não tem nada a perder. Eu não cortaria nunca o trajeto. Prezo muito pela prova.

Alguém me passou um copo da água, no meio da bagunça criada em torno de uma das poucas caixas que ainda tinha a bebida. Foi uma mulher. Meu agradecimento para ela. Que ela receba muita água para beber nesta vida.

Também não chequei a temperatura para saber se a prova deste ano foi mais quente do que as de 2013 e 2012. Eu senti como se fosse. O calor pegou quando eu estava começando a descer a ladeira que leva ao Pacaembu. No ano passado, só coloquei o boné no fim da Pacaembu. Desta vez foi no começo. O sol estava forte demais.

Acho que não bebi tanta água assim. Na verdade, peguei todos os copos dos postos, mas usava 90% dele para molhar o corpo. Joguei muito no pescoço e nos pulsos. A travessia pela Marquês de São Vicente, que não tem sombra, me custou muito. Quer dizer, todo mundo sentiu o sol. Meu treinador disse até que parecia ter um sol para cada um. Bom, eu sentia que tinha dois sóis em cima de mim. Não sei lidar muito bem com o calor. Normalmente, corro cedo (6h, 6h30) ou à noite. Esse solão de 9h, 10h, 11h é muito esforço para mim. Então, a Marquês foi meu maior desafio. Não parei de correr. Segui na meta. Reduzia a velocidade às vezes, porém me arrependia. Isso significava mais tempo debaixo do sol.

O povo esperando a largada. Recorde de público: 30 mil inscritos

Continuo achando chato que as pessoas não tentem jogar copos e saquinhos de Gatorade no lixo. Fica muito sujo o caminho para os outros. E tem lixeira. Basta procurar um pouco. Tudo o que peguei e consumi eu joguei no lixo. Não.  Calma. Teve um copinho lá pelo km 12 que acabou no chão. No entanto, não foi minha culpa. Perguntei para três mulheres que faziam a limpeza se elas queriam a água. Eu não tinha encostado minha boca no copo. Só tinha usado metade do líquido para jogar nas costas. Uma delas fez que sim. Aceitou meu copo. E eu esperei que ela bebesse. Nem sei por que fiz isso. Daí que a mulher não bebeu e jogou... no chão. No lugar em que a companheira dela estava limpando. Confesso que fiquei chateada.

Pernas para que te quero - faltavam minutos para a largada

Outra coisa que foi ruim, na minha avaliação. Nas duas edições anteriores tinha banheiro químico. São raras as provas que têm banheiro durante o percurso. Nas duas São Silvestres que fiz, precisei passar por um. Deu um aperto danado, o que acho que era psicológico. E eu parei por volta do km 10. Nas duas vezes anteriores. Não é que este ano senti de novo a vontade de fazer xixi? Pois, com as mudanças no trajeto, fiquei procurando o banheiro a partir do km 10. Não vi nenhum. Imaginei que teriam mudado de km. Que nada. No Largo de São Francisco, me aproximei de dois policiais e perguntei se o posto deles tinha banheiro. Porque eu não estava vendo nenhum da organização.

- Não tem - disse um, fazendo cara de triste.
- Sabe onde tem algum?
- Não sei.
- Este ano eles não colocaram banheiro químico - observou o outro.

Eu fiz que sim. Tinha percebido, mas não queria acreditar. Enfim, mudanças. Fechei a prova sem ter ido ao banheiro. E não é que a vontade passou quando eu estava terminando de correr a Brigadeiro?

A torcida te apoia o tempo inteiro

Este ano eu senti mais o calor. No final desse trecho, já estava pensando em colocar o boné

Aí, já na Paulista acelerei o que podia nos metros finais porque eu gosto dessa sensação de entrar voando. Boba, né. Mas é legal. E as pessoas te apoiam. "Vai, falta pouco, corre".

Depois, tive de andar mais um quilômetro (acho) para encontrar um copo d´água (que estava fresca, a única fresca de toda a prova) e mais uns metros para poder pegar minha medalha. Ê, organização! Os lanchinhos eu nem olhei. Dei mais uma volta para poder encontrar o apoio da minha equipe de corrida. Comentamos o problema da falta de água e foi isso. Aí, partimos para o novo ano.

Esse comecinho pega muita gente. Descida não é essa fichinha, não. Engana
São Silvestre é legal. Tem suas falhas - e este ano foram maiores, julgo. Mas curto. Antes da largada, você conhece pessoas (sem conhecer de verdade). Conversei com duas mulheres que iriam disputar a prova pela primeira vez. Uma delas estava bem informada. Sabia dos maiores desafios. Falamos da ponte da avenida Rudge. Eu me senti a expert (e bote risada aí). Tem outras coisas engraçadas que acontecem antes da prova começar. Na largada, o locutor se atrapalhou. O pelotão de elite já tinha saído e ele berrava: "Ernani, Ernani, Ernani" e daí emendou: "Foi dada a largada. Começou a São Silvestre". Quem é o Ernani, caçamba?

Na edição deste ano, não vi a Emília. Mas como tinha Chaves e Chapolin. Aliás, cruzei com um grupo grande deles, do Chapolin Colorado. Cruzei com noivas (homens vestidos de noiva, inclusive) e freiras. Acho até que havia uma freira mesmo. Coitadas delas. Aquele hábito e aquele calor. Mas corriam as mulheres. E como. Outras coisas curiosas: os caras que pararam numa lotérica, perto do Largo de São Francisco, para apostar na Mega da Virada. Que doidos. E os caras que pararam no boteco, no comecinho da Brigadeiro, para tomar umas porque o calor estava assassino. Senti inveja.

Essa ponte da Rudge cansa. E depois disso não fiz mais fotos. O sol estava de lascar e eu só queria saber de sombra
Bom, agora acabou. Não tenho mais calendário para cumprir. E como desejo de início de ano... não quero ter calendário para cumprir. Não é que deixarei de correr e disputar provas. Apenas vou sentir na hora se vou ou não me inscrever numa determinada corrida. Se receber convite, ora, eu vou. Um presente desses não se esnoba (exceto se tiver algum complicador físico ou de agenda). Correr eu vou. Só não sei onde, nem quando. A única certeza é que no parque sempre estarei.

Para 2015, eu desejo o que sempre desejo: conquistar o mundo. Mentira. Desejo que seja bom. Apenas isso. Não pretendo fazer elucubrações.

Não estabeleço nenhuma meta. Não. Não quero metas dessas de exigir planejamento (tirando as do trabalho porque aí é outra história). Quero apenas poder me livrar de certos problemas e fantasmas. Quero poder dizer "sim" mais vezes. Quero ver mais vezes minha família e meus amigos felizes. Porque felicidade é mais legal quando compartilhada. Torço por ver mais pessoas felizes. Aí, quem sabe...

Feliz 2015.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Correndo por música

Mais uma São Silvestre se aproxima. E mais uma vez disse por aí que não estava preparada. Tenho de rir. Porque essa ladainha persiste. Será que um dia estarei preparada? Uma amiga corredora, mais experiente que eu, respondeu que estou. Segundo ela, a gente sempre pensa que poderia ter feito mais. Mas, no final, a gente cumpre a meta. De fato.

A corrida se tornou algo bom da minha vida. Não é sofrimento. Exceto quando acho que estou muito mal preparada para uma prova e aí fico maquinando o que poderia ter feito para não me encontrar naquela situação, arrependida e temerosa. A corrida é também cabeça.

Eu, a corrida e a música (nos fones)

Bem, apesar desse esclarecimento, conto que vou para esta São Silvestre, a 90ª edição, com a consciência que deveria ter treinado mais. O problema é que trabalhei muito. E excesso de trabalho rouba a energia necessária para a gente vestir a roupa de correr - que se dirá da energia necessária para a atividade física propriamente.

Às vezes,  me pego pensando nisso: por que a gente dedica tempo extra ao trabalho e não dedica tempo extra para aquilo que te faz bem de um modo geral? Não é uma crítica ao trabalho (gosto do meu ofício). Mas uma crítica ao fato de desequilibrarmos nossa agenda diária em favor de uma atividade, prejudicando outra. E normalmente a gente faz isso em nome do trabalho (que é o que paga as contas). Raramente o faz em nome do corpo e da mente. Houve dia em que saí de uma reunião que se demorava mais do que o previsto com o argumento de que iria perder o treino com o meu time de corrida (que tem horário fixo). As pessoas do grupo, que acompanham essa minha aventura, entenderam. Mas em outra reunião, que também avançou, joguei a toalha. Depois, fiquei me maltratando mentalmente por não ter nem tentado chegar ao parque (local do treino). Olhava o relógio e olhava minha bolsa com a roupa e o tênis. E lamentava.

Resultado é que não deu mesmo para treinar como acho que deveria ter feito (e não estou falando de nada extraordinário). Vou para a São Silvestre no espírito da diversão. Não estou despreparada. Não é isso. Mas não poderei fazer bonito, como se fala. Vou curtir ao máximo.

Agora, vamos ao ponto da música. Meu último treino antes de fazer o relax pré São Silvestre (sem correr para poupar os músculos) foi de 10k. Uma corrida suave, sem fadiga. Dois dias antes tinha feito pouco mais de 6k e cansei (seis quilômetros era o mínimo; queria ter feito uns 8k ou 10k). E quatro dias antes tinha feito outros 10k muito na boa.

Terminado meu último treino, avaliei o que tinha feito de diferente entre os dias. Por que não rendi no dia dos 6k e nos outros foi tranquilo? Ok, tem dia que você não acorda para aquilo. O psicológico tem seu peso. Mas o motivo principal, creio, foi o tipo de exercício. Era uma distância pequena: 6k. Não era para ter cansado. É que corri 2k em ritmo suave e um km em ritmo puxado. Aí, mais 2k na paz e outro quilômetro acelerando. Essa é a explicação: o pace mais forçado. Preciso treinar mais esses ritmos intervalados para melhorar meu rendimento futuro. Nos dois treinos de 10k eu mantive o pace regular. Outra coisa que entendo que influenciou: a música.

Tem corredor que não gosta de se exercitar com fones nos ouvidos. Cada um tem seu estilo. Eu gosto. Gosto de entrar na trilha do parque e alternar um pouco o ritmo em virtude do som. Tem música que leva a acelerar. Outra te acalma, diminui seus passos. Tem aquela que te faz cantar no meio da corrida (e se eu consigo cantar é porque estou com fôlego).

Na rua a coisa muda de figura. É preciso prestar muita atenção no que está ao redor. Ninguém quer ser atingido por um carro. Na USP, por exemplo, recomendo não usar fones porque tem muito trânsito. Mas num parque... puxa, para mim faz diferença. Na São Silvestre, com todo o circuito fechado e protegido, não vejo problemas em correr com meus fones.

Entre esses três treinos que mencionei, dois eu fiz ouvindo uma única música. Ah, imagino alguém se agitando, murmurando "que horror". Humm, quando se trata de uma canção em que você está viciada, não é horrível. Podem dizer que é doentio... Aceito. Mas eu podia estar fazendo coisa pior ;)

A tal música é uma nova do Foo Fighters: "I'm a river". Combinou muito com minhas passadas no parque. Diria que foi perfeita para o meu ritmo. Pretendo correr assim na São Silvestre, principalmente porque não tenho intenção de disparar em nenhum momento (salvo na Paulista, se tiver pique). Meu pace será nessa toada, pelo menos uma boa parte da prova. Depois, libero o MP3.

Foo Fighters - I´m a river (começa calminho, aí esquenta, aí diminui um pouquinho, aí acelera de novo... aí você canta, viaja, sonha e, quando vê, acabou mais um quilômetro. "The measure of your life is that what you want").



Outros sons que escuto em corridas listo abaixo. Estão no meu MP3 (não uso o celular para escutar música). Para minha primeira meia maratona, montei uma lista esperando que quando chegasse a hora do Phoenix eu pudesse correr lindamente. Nada. A prova terminou e eu ainda não tinha passado pela sequência do Phoenix. Essas canções continuam lá, no MP3, esperando o momento de usá-las. Não sei se vai rolar isso na São Silvestre. Mas tudo bem. Tem uma série de sons legais que estão no meu equipamento.


Quem quiser conhecer...

Phoenix - Lasso (sintam as batidas da bateria no começo. Parece que te preparam para dar uma acelerada. "Where would you go/ Where you would go with a lasso/ Could you run into/ could you run into/ could you go and run into me")




Phoenix - Entertainment (dá vontade de dar uns pulinhos ou alternar os passos como se estivesse dançando. Aí, você estabiliza e segue no ritmo. Mas canta, de vez em quando, "entertainment/ show them what you do with me" ou "I love, I love, I love, I notice")


Disclosure - Latch (essa é mais para moderar. Correu forte? Precisa recuperar? Eu vou bonito quando toca esta... Também dá para cantar o refrão e balancear o ritmo na base do som... "Now I've got you in my space/ I won't let go of you/ Got you shackled in my embrace/ I'm latching onto you". Vê se não dá)


South Central - Machine Gun (confesso que parece mais batidão para academia. Mas eu curto. Precisa de força para encarar uma subidinha - subidão é outra coisa, pls? Acho legal. Tem uma hora que você ouve "fire". Então, taca fogo na subida)


South Central - Skream (é uma sequência que coloquei. Daí que eu já associo. Se toca uma do South Central, tem de tocar a outra. Essa também é para acelerar. Tem um determinado momento que você vai ser levado a acelerar. Se ouvir, vai entender)


(se você achou muito pesado, tem uma música deles, dessa dupla inglesa, que está mais leve. Humm, leve? Não tenho no MP3, mas curto "The Day I Die").


Florence and The Machine - Dog Days Are Over (ok, vamos mudar o ritmo. Mas sem diminuir muito a passada. E ainda com estilo. "Run fast for your mother/ Run fast for your father/ Run for your children/ for your sisters and brothers").


Foo Fighters - Long Road To Ruin (essa eu associo ao meu cansaço e à disposição de superar a fadiga. Aquele esforço que você busca no inferno, se preciso. "Come now, let's leave it all behind/ Is that the price you pay/ Runnin' through hell/ heaven can wait". Bom, tenho muitas músicas do FF no MP3).


Daft Punk - Get Lucky (tá bom. Você deu aquele esforço e agora sente o fôlego fugir e a perna pesar. Diminua o ritmo. O importante é seguir adiante. "We've come too far/ to give up who we are/ so let's raise the bar/ and our cups to the starts").



Kodaline - Brand New Day (ainda recuperando energia... E olhando para os lados, para as pessoas, pra sua jornada. Correr mexe com as ideias também. "I'll be flicking stones at your window/ I'll be waiting outside 'til you're ready to go/ Won't you come down? Come away with me". "Think of all the places we could be/ Think of all the people we could meet").



Peter, Bjorn and John - Second Chance (sou muito indie mesmo. Mas essa dá para retomar um pouco do brilho do começo. Contrarie a letra e diga pra você que você terá uma segunda chance. Cante o "uh-uh" e curta o tamborim. Tamborim? Ah, não é. É aquele troço que parecem duas sinetas e que você bate com baquetas).


Rage Against The Machine - Killing In The Name (tá, eu não sou essa coisa fofa toda, não. E eu quero tentar pegar um pouco mais forte. Tentar pelo menos. Essa música é de força. Não é de velocidade. Mas vamos lá... Força! Come on! "I won't do what you tell me! Fuck you, I won't do what you tell me". Vai crescendo nessa fúria interna).



The Vaccines - Blow It Up (cacilda, não sei terminar esta lista. Mas essa música me dá pique. Blow it up, blow it up. Já corri "dançando" na trilha do parque, curtindo os solos... O lance é que na sequência vem "Post Break-Up Sex" e eu continuo dançando e cantarolando. Isso deve ser bom. Desanuvia a mente, embora não afaste o cansaço).


The Black Keys - I Got Mine (resolvi terminar com Black Keys, a banda que mais ouvi em 2014, segundo o Spotify. Gosto demais dos moços, especialmente do Dan Auerbach, o vocalista e guitarrista - o outro cara da banda é o baterista. Escolhi essa música, mas o MP3 tem um monte de Black Keys. Esta canção tem uns piques, umas melodias mais viajandonas e aí volta a força da guitarra. Você termina a música querendo ter energia sobrando para mostrar que você pode mais. A letra tem aqui).



Meu MP3 tem muito mais música. Tem Radiohead, The Strokes, Queens of The Stone Age, Imagine Dragons, Joni Mitchell (provocando emoções na trilha), Jorge Drexler (lindo! "Tengo una canción para mostrarte"), Kevin Johansen, Lou Reed, Nina Simone, Oasis, Stereophonics (amo... Que voz, Kelly Jones. Flutuo nas suas baladas. "You're my Sunday. Make my Monday"), Temper Trap, Two Doors Cinema Club, Franz Ferdinand, The Subways, TV on The Radio, Vampire Weekend, Tulipa Ruiz, Gram (o velho Gram), Morrissey, k.d. Lang, Chemical Brothers, Asaf Avidan, Arcade Fire, Smashing Pumpkins, Moby, Manu Chao, Eddie Vedder, The Jam... putz, é uma verdadeira jam. Tem trilha de filme, música latina, japonesa. Até Chico Buarque tem no meu som. Tudo para eu poder ter variedade e, na hora, decidir que ritmo vou usar conforme o momento.