segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Mil shows de São Paulo



SP faz aniversário e eu sempre lembro de coisas legais relacionadas à cidade.



Vou citar música, claro, porque música me inspira. 

Ontem, na véspera, fui a um show do Boca Livre no Sesc Bom Retiro. Foi bem legal por alguns motivos: nunca tinha visto o Boca Livre e eu gosto bastante das músicas deles; o Bom Retiro é meu bairro do coração - e o quarteto contou que fez sua estreia no Teatro Taib, no Bonrá (pertinho de casa); o dia estava bonito e eu curti ter passado no Sesc aquelas quase duas horas; show no Sesc é mais barato do que a maioria dos lugares onde vou para ver uma banda tocar.

Pensando nisso, peguei um vídeo curtinho que fiz na última canção apresentada ontem (Ponta de Areia). Só para embalar num ritmo suave. O Boca Livre disse que deve muito a SP. 



Lembrei de uma das frases de uma das músicas tocadas: o vento bateu dentro de mim. Naquela hora, o vento bateu mesmo dentro de mim e eu fiquei imaginando as razões que eu escreveria aqui para mostrar o quanto gosto de SP. São coisas do tipo show!

- Correr pelos parques. A gente não tem praia, mas tem muito parque bacana. O Ibirapuera é o que primeiro vem à mente quando você quer apresentar a cidade para alguém. Mas o meu favorito é o parque Jardim da Luz, o primeiro jardim botânico de SP



- Correr pelas ruas. Se não tem parque por perto, dá para escolher outros recantos. Quando comecei a correr, não via muito isso, de ver muita gente fazendo seus treinos pelas avenidas. Agora é bem mais comum. Não acho que é preciso fazer concurso de beleza pra correr no espaço urbano. O importante é começar a ter mais estrutura e mais adeptos. E em São Paulo isso está cada vez mais visível

Bowie, o border collie, me acompanhou numa corrida pelas ruas de Santana

- Ver shows. Alguns dos melhores que passam pela América Latina. Vem desde o artista blockbuster para o qual eu não ligo nem um pouco até a banda independente ou o cantor que você acha que pouca gente conhece (alguém já se pegou pensando que iria a um lugar onde haveria meia dúzia de gatos pingados e você descobre no local que o show lotou? Foi o que aconteceu, por exemplo, com Lokua Kanza no Sesc Pinheiros, uns bons anos atrás). 

Eddie Vedder


Jorge Drexler


- Fotografar a cidade. Ninguém precisa ser um profissional. Com alguns macetes, dá pra fazer belos  registros da Pauliceia Desvairada. Aliás, é esse lado que eu curto mais. Não que não existem bonitos ângulos para captar. Mas tem coisas que parecem que teriam de acontecer na loucura que é SP, cidade de gente que é apressada, que vive entre as paredes e o concreto, mas que vem redescobrindo o prazer de estar ao ar livre, de fazer uma pausa, de parar num cantinho e ver as pessoas passando, de voltar a pedalar, e de ver artistas, performances e movimentos nas ruas.

Ed. Martinelli

Auditório do Ibirapuera
Manifestação na Consolação

Corrida no Minhocão

Luzes no velho centro

A Paulista aberta

- Comida para todos os gostos. Como SP abraça todas as culturas, existe um universo gastronômico esperando por nós. Não falo só de restaurante exclusivo, chique, metido. Falo de opções. Para provar a comida boliviana, vale ir à feira Kantuta, perto do metrô Armênia. Para comer aquele que eu considero o melhor ceviche de SP, tem de ir para a rua Aurora, no centrão velho mesmo. Perto de casa tem um restaurante thai. Modesto, mas bom. E na mesma rua tem um restaurante de comida oriental em que um yakissoba muito bem feito e farto sai por R$ 25 o prato grande, suficiente para alimentar 3 pessoas. É possível também comer um ótimo filé de frango à cubana no Bom Retiro por cerca de R$ 60, um prato que serve 4 pessoas! 

Bom, este post vai subir agora porque tenho de correr para um show! Marcelo Jeneci & Tulipa Ruiz.

Preciso ir. Atualizo mais depois.

Feliz aniversário, São Paulo.