domingo, 28 de abril de 2013

Eu não sei quem inventou...



- ... isso de ser feliz o tempo todo - ou fingir que dá para ser assim. Não dá para ser feliz o tempo todo. Deve ser matematicamente impossível (algum matemático já fez essa equação?). Aplausos ao por do sol, flores nos posts, sorrisos nos instagrams, mensagens idílicas? Uma vez ou outra, vá lá. Só que tem uma overdose de felicidade forçada ou buscada. Quem fica procurando demais sofre por não encontrar. Ou seja, a pessoa fica infeliz por não estar mais feliz. Cobra-se demais o estar de bem com a vida. Independentemente disso, deixo claro que quem não se sente feliz naquele momento, naquele dia, naquele mês... (epa, já estou complicando o quadro) não quer dizer que vá se matar. É importante respeitar certos momentos e não empurrar frases de auto-ajuda (porque frases pretensamente "luminosas" causam tédio, mais deprê ou até irritação);

- ... que a gente tem de ser linda e magra. Às vezes dá vontade de ser apenas invisível, sem ninguém olhando pra você - daí porque não é necessário ser linda e magra. Ou tem outras vezes que o desejo é ser um ogro, causando horror e afugentando todos. Mas isso deve ser só a minha cabeça;

- ... que a gente tem de gostar dos Beatles, caso contrário você será a criatura mais rastejante e pusilânime da Terra. Essa "obrigação" de gostar de algo é muita vaidade da pessoa, não é?! Quer dizer, ela acha que você tem de gostar do que ela considera bom?! Por isso, considero a humildade um dos mais elevados valores humanos;

- ... os doces de coco. Bem, eu detesto. Isso explica porque coloquei nesta lista. Calma. Você pode gostar. Não vamos dramatizar a coisa. É que o mundo acha delicioso cocada, bolo prestígio, água de coco. Nós, os que detestamos coco, somos párias. Agora, vá dizer que sentiu um sabor de coco naquele arroz doce que a mulher jurou que não tinha nada de coco. Ou em bolo de laranja (colocar coco em bolo de laranja deveria ser considerado crime. E isso em todas as cortes de Justiça do planeta). Sempre vão responder que é você imaginando coisas. O fato é que quem não gosta MESMO de algo tem facilidade de detectar com o primeiro toque dos lábios o sabor maldito;

- ... que começo do ano tem de ser na praia. E aí vai uma multidão brigar por um pedaço de areia, com toda a balbúrdia a qual acredita ter direito. Por que isso? Por que essa tortura de ficar horas na estrada e mais horas em qualquer coisa que preste durante a alta temporada? Gosto de praia, mas não gosto de muvuca. Nem de fila de uma hora para comprar pão (quem nunca ficou assim numa padaria do litoral no alto verão?). Ok, poderia ir para um hotel bacana, com café da manhã incluso, e só comer em restaurante exclusivo na praia, se tivesse dinheiro. Mas, se tivesse dinheiro mesmo, não iria para a praia no início do ano. Iria para minha casa de campo, com piscina, sauna, campo de futebol, som e internet - e mais um belo canil e uns cavalinhos simpáticos para a gente apreciar um passeio de final de tarde. E iria para a praia no meio da semana, pra voltar no sábado. Praia é um negócio incrível quando você pode curtir, não quando você se pega aborrecido pelo que está em torno;

Pra mim, praia boa é assim: sem muvuca

- ... que a gente tem de usar roupa. Seria tão mais fácil andar nu, sem a vergonha do corpo. Só usaríamos roupas no frio, ou quando ventasse muito ou chovesse forte. Ou se batesse vontade de colorir a aparência por um momento de festa. Tipo uma bata leve, um lenço no pescoço. Verdade que tem a questão dos sapatos. Porque sapato é necessário por causa da sujeira. E usar sapatos e meias na mais absoluta nudez, isso só pode causar risos. Ou então... se não dá para abolir de vez as roupas, por que temos de usar sutiã? Viveria mais feliz se não precisasse disso. Eu sei, eu sei... Isso não é algo viável, mas o mundo seria mais livre se a gente pudesse abolir uma ou outra convenção do vestir;

- ... que a gente tem de estar acompanhado. Vou ao cinema sozinha sem problemas. E não entendo que isso seja um sinal de doença. Até para bar e café já fui sozinha. E muito na boa. Também não me incomodo de viajar sozinha. Fiz isso várias vezes. Claro que já houve dias em que desejei a companhia de alguém para dividir certas experiências (tão boas que queria que outros sentissem o mesmo). Então, ninguém precisa se espantar com sua condição solitária vez por outra. Isso, porém, não é o pior. Pior é você estar sozinha por um tempo e pintar aquele interrogatório mega curioso "mas e aí? Nada?". Por que as pessoas não podem ficar sem namorado pelo período maior de um ano? Cairá uma maldição sobre a cabeça? Quem fica nessa constante de cobrar um namorado, um ficante, alguém para beijar me lembra muito aquelas velhas tias que parecem não ter outra coisa na vida a não ser falar da família. Por outro lado, também não partilho da ideia de "antes só do que mal acompanhado". Quer dizer, antes só do que mal acompanhado. Tá certo. Mas o mundo tem gente bacana e legal. Não dá para colocar todos num balaio e falar que "homem não presta mesmo" ou que "as mulheres não querem compromisso". Não curto generalizações. Sei lá: a vida está aí. Abram capítulos no seu livro. Se der para encontrar alguém, que bom. Se não der, paciência. Só não insistam na coisa: muitas vezes estar só não significa estar sofrendo no inferno. Mesmo que a pergunta seja feita num sábado à noite;

- ... o pastel de feira. Mas esse gênio merecia um Nobel da Paz.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Um olhar francês sobre o Brasil


Já vi telas, já vi textos.
Franceses adoram o Brasil. Eles foram dos primeiros a nos retratar, em telas que você já deve ter visto por aí. Ao menos em livros.
Agora, gargalhei com este texto aqui. E esse francês tem razão.
Curtam!


(O outro) diario do Olivier ;): Curiosidades Brasileiras: Aqui são umas das minhas observações, as vezes um pouco exageradas, sobre o Brasil. Nada serio.