sábado, 15 de setembro de 2012

Oh, captain, my captain



Estou triste. Como todo bom torcedor pode se sentir quando acontece algo que foge a seu controle e que não queria que tivesse ocorrido. A gente percebe como é a ponta fraca da corda nessa hora. Eu, a torcida, nada posso fazer. Apesar de alimentar esse clube, eu, a torcida, sinto-me impotente. E isso está tão errado.

Estou triste. Felipão foi embora. Não quis ler notícia. Vi as chamadas, os tweets, as informações se multiplicando pela mídia social. E afastei-me, covarde, para não encarar a verdade. O time vai mal. Perde jogos, sofre com o azar, com os erros, com o vento que sopra contrário. E deve ser por minha culpa. Eu, que me arrasto nas horas, nos dias e meses, malograda pelo infortúnio de estar à deriva, buscando-me. Peço perdão por ser minha culpa.

Estou triste. Vieram me falar com irritação. Não era ninguém do meu time, da minha torcida. Mas se queixaram. Como puderam abandoná-lo? Mas eu não o abandonei. Foi essa diretoria que eu queria ver longe. Defenestrada. Felipão não poderia ter saído assim. Pode ser que minha opinião seja mínima. Represente uma parcela ínfima da torcida. Pode ser que não. Que seja uma voz dentre uma multidão que faz coro. Você pode discordar de mim - e pode discordar muito. No entanto, é real o que sinto.

Estou triste. Nada faz sentido. Sem um técnico como pode um time ganhar? Sem um técnico, que foi despedido agora, quando a equipe está amarga e insegura, como virá o triunfo? De onde arrancar a força para a superação se aquele que tinha a experiência de ter passado por tantas situações parecidas foi abandonado?

Estou triste de verdade. Não gosto de abandonos. Quem abandona é um fraco e inconsequente, que se curva à dificuldade por medo ou comodismo ou por não saber o que fazer ou por falta absoluta de consideração pelo ser humano. Ao menos é isso que penso hoje. Espero nunca estar entre os que abandonam. Não sou infalível, isso é fato. Mas essa marca desejo nunca carregar. Não abandono. Tamo junto, Felipão.


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