terça-feira, 12 de junho de 2012

Cruzei a ponte


Cruzei a ponte.
De repente veio
a vontade de falar
sobre nada, mas um
nada com café.
Ou cerveja, que é
pra prolongar a conversa.
Vontade de falar
sem regras ou temas.
Escolha qualquer coisa.
Só olhar pra frente
(às vezes pra trás),
sem obrigações,
nem a de concluir algo.
Falar sobre nada,
mas com a liberdade
de se aprofundar
até nada fazer sentido.
Como zerar tudo e
a partir dali
construir uma história,
uma ideia, um projeto
ou nada.
Por que a gente tem de
arranjar razão pras
coisas se elas insistem
em serem assim...
incompreensíveis?
Vamos beber,
então, um café
ou uma cerveja.
E deixar relógio
e celular para quem
ainda está amarrado.
  
(“Histórias que não contei”)


Em Monteiro Lobato (ao pé da Serra da Mantiqueira)

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